Conheça as diferenças entre corte a quente e corte a frio
Basicamente, o corte é um processo destinado a separar metais. A diferença entre corte a quente e a frio é que no primeiro usa-se uma chama ou um arco elétrico, isto é, é um processo que funde o metal para separá-lo, e no processo a frio é realizada uma usinagem, ou seja, ocorre a separação por remoção mecânica.
No corte a quente, há dois processos principais: oxicombustível, com maçarico, e o corte a plasma. O maçarico aquece e tem chama, no entanto, ao contrário do que pode parecer, não é a chama em si que faz o corte, mas ela dispara uma reação química que aquece o material e o funde, realizando a separação.
Já no corte a plasma, existe o derretimento ou fundição do material por temperatura do arco, que também é altamente concentrado. Assim, o corte tem de 2 a 3mm de largura, gerando uma precisão maior, e o material descartado no plasma é menor do que no maçarico de oxicombustível.
Por qual tipo de corte optar?
O primeiro determinante de opção de corte é o material que está sendo cortado. Há materiais que não podem ser cortados no processo a quente para não perder ou afetar suas características metalúrgicas. Depois vem espessura, onde alguns processos apresentam limitações. E então vem necessidade ou não de ser a frio, acabamento requerido e até custo da operação.
Corte a quente:
São dois os tipos mais comuns: oxicombustível e plasma
No corte oxicombustível, há um cilindro de oxigênio e um cilindro de um gás combustível. O operador terá de lidar com fogo, o que pode gerar queimaduras e outros riscos potenciais. Podem haver vazamentos com potencial explosivo, metais fundidos caindo no chão ou sobre superfícies que podem ser afetadas pelo calor ou até ter contato com a pele do operador, gerando queimaduras graves.
No entanto, é bem simples de ser usado, existem kits com dois cilindros que podem ser usados em um carrinho específico e serem levados a qualquer lugar, não havendo necessidade de uma tomada, por exemplo. Apresenta custos iniciais relativamente baixos, em geral. Em ferros-velhos e oficinas mecânicas há um uso bastante acentuado do oxicombustível. Com este processo, consegue-se cortar espessuras mais grossas, por exemplo, chapas de 1, 2 polegadas e até bem acima disso, tornando-se bastante comum em caldeirarias de grande porte.
Já no plasma, que é um outro tipo de corte a quente, não há utilização de gás explosivo ou inflamável, sendo usado somente o ar comprimido. Assim, em casos de vazamentos, os riscos de explosão ou de um possível acidente são significativamente minimizados. No entanto, no caso do plasma, existe a necessidade de energia elétrica para ligar o equipamento e também é preciso a rede de ar comprimido. É um processo muito mais controlável e preciso, com um corte mais limpo e com melhor acabamento, e não há aquecimento de grandes áreas, como ocorre com o uso do maçarico. No plasma, o operador consegue manusear melhor a peça durante o processo, diferente do que ocorre com o oxicombustível. Ainda, como outra vantagem do plasma, há possibilidade de cortar qualquer metal condutivo (cobre, alumínio, ferro fundido, inox, entre outros).
Corte frio:
No corte a frio, há maior segurança, pois não existe contato com substâncias quentes ou explosivas. No corte a frio, também não se altera as propriedades metalúrgicas do metal, mantendo a integridade, com benefícios importantes na junta final.
Existem casos em que se necessita fazer reparos em tubulações de produtos inflamáveis (gases, petróleo, combustíveis, entre outros) e, por mais que haja o cuidado com a inertização, podem restar resíduos de substâncias inflamáveis, gerando enormes riscos de explosões. Nesses casos, o uso o corte a frio é mandatório. É o caso de plataformas marítimas de petróleo, por exemplo.
O que você deve analisar antes de escolher o tipo de corte?
Por fim, é preciso se atentar ao fato de que para se escolher o processo mais adequado, há que se observar e analisar minuciosamente os seguintes aspectos:
- Custos operacionais: o corte a frio exige um investimento inicial maior e consumo de ferramentas elevado;
- Custos de aquisição: o corte a quente possui custos menores de aquisição ao comparamos com o corte a frio;
- Necessidade: por exemplo, em casos de tubulações de produtos inflamáveis, é exigido o corte a frio;
- Segurança: não há contato direto com uma chama no corte a frio, o que proporciona maior segurança para o operador e na operação;
- Características metalúrgicas: existem ligas que não podem ser cortadas a quente;
- Acabamento e qualidade do corte: no processo a frio, temos um acabamento já pronto para a soldagem imediatamente após a usinagem; já no processo a quente, muitas vezes há necessidade de lixamento após o corte, o que pode impactar na produtividade.
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